domingo, 7 de dezembro de 2008

Abandonos...







Abandono-me
a qualquer preço,
a qualquer hora,
com ou sem endereço.

Porque quero.
Porque deixo,
com ou sem pretexto.
E quando me abandono
perco-me nisto:
sem rumo nem dono
refém do imprevisto.

Porque preciso.
Porque anseio,
pelo fim ou pelo meio.

Abandono-me
isento de pudor,
sem códigos nem ética
em alquimias de amor.
Porque sou.
Porque pareço,
sem saber se o mereço.
E quando me abandono
fico-me nisto:
sem colo nem sono
num desdém que só visto.
Porque sei.
Porque sim...

E o desligar é mesmo assim:
um despudorado toque...

e plim!...
©J.Tereso
imagem:www.sxc.hu

Sem comentários: