quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

A pica do poder








O poder tem uma sensualidade própria e única.Dá gozo, extâse, "pica" (para os puristas da linguagem) e é, ou pode ser exercitado nesse sentido, orgásmico.

Já Kissinger dizia que "o poder era o melhor afrodisíaco".
O poder pontencia-nos, predispõe-nos, provoca-nos... e perde-nos!

Daí que muita gente - sabedora e experimentadora desta subtil virtualidade - se agarre a ele em desespero (não é assim, Sr. Mugabe?!...) e, por vezes, arrogantemente o exerça na expectativa de que aí resulte um ser sensual e apetecível, tão mais apetecível quanto maior for a sua arrogância ou nariz e umbigo.

Curioso, contudo, é verificar os resultados de milhares de sondagens e inquéritos, espalhados por sites da especialidade, onde a questão da eleição do melhor afrodisíaco se coloca às (aos) teenagers da modernidade.E a adolescência é mesmo assim: atirada "prá frentex" mas irremediavelmente adolescente.
E a atracção, e "ignição", teenager e periférica encontra os seus picos no: humor, inteligência, sensibilidade, "interioridades" e, cinicamente em último lugar, porte físico.
Nem uma vez o poder, na sua face social ou política, é referido como potenciador de atracção.Será que a "raposa" Kissinger se enganou quando deixou para a posteridade aquela sua constatação e prática continuada?

Não me parece!... Ele sabia do que falava: na teoria e na prática.
Vai lá... Vai! Deixai-os, e deixai-as crescer...

Alguns, com o exercício do poder, pensam que o crescimento do nariz é um bom prenúncio do crescimento proporcional de outros atributos... Há também acredite que o tamanho dos sapatos é cartão de visita para outros tamanhos...Pequenezes e pequenezas de gente, naturalmente, pequena!

Algumas - ouvi dizer a uma top-model, muito "in", da nossa passadeira de vaidades - quando experimentam os corredores, e outros confortos de cachemira, dos poderosos, "dão uma volta de 350 graus na sua vida" (sic). - assim falava a criatura
Pois é... ainda lhe faltam 10º. Ou já lhe sobram 170º.

E isso faz toda a diferença...
Aos do nariz, e aos dos sapatos, não há volta a dar... Os óculos, caso os haja, não impedem o crescimento do tubérculo.
O resto, já não sei... E tenho dúvida que as leis da física nasal e sapática, ao invés da quântica, venham alguma vez a ser certezas e verdades inabaláveis.
Texto: ©Zeke Skreve
Imagem: zurdito.com

Sem comentários: